Treino de Força - Meios e Métodos

  Sendo o treino hoje em dia cada vez mais analisado, pensado e complexo a Força requer uma atenção cuidada por parte dos Treinadores. A importância do treino de força no futebol possibilita o desenvolvimento dos grupos musculares mais importantes no futebol no regime de trabalho que o caracteriza, melhora a eficácia dos gestos desportivos que dependem diretamente da força e contribui para o desenvolvimento de outras capacidades motoras como a velocidade, coordenação e resistência.


Métodos para trabalhar a força no futebol:

      - Trabalho em circuito por estações;
      - Trabalho em rampas, areia ou água (força resistente);
      - Exercícios aos pares (resistência ou peso do colega);
      - Treino de força no ginásio;
      - Pliometria;
      - Electroestimulação;
      - Trabalho específico do treino da força;
      - Passe longo / remate;
      - Jogos reduzidos;
      - Outros jogos e exercícios técnico-tático.



  Domínguez (2000) propõe uma metodologia de treino de força para o futebol baseada em Níveis de Aproximação. Os níveis de aproximação são aquelas zonas de trabalho de determinado conteúdo de Treino, que permite o seu desenvolvimento, progredindo desde uma vertente mais básica, com predomínio da estrutura condicional, a outra mais real como é a própria competição, com predomínio da estrutura coordenativa-cognitiva.

  Quanto maior é a analogia entre as tarefas de treino e a realidade competitiva, maior será a Especificidade do Treino. Este autor prevê três diferentes níveis de aproximação à especificidade do gesto, os quais vão graduar o trabalho do menos ao mais Integrado. 

Nível I (Força Geral): A componente técnico-coordenativa é inespecífica e muito geral, embora devamos tentar introduzi-la, nas diferentes tarefas de treino. A componente tática, nestas tarefas, é inexistente. 

Nível II (Força Dirigida): A programação das tarefas de treino deve introduzir as componentes coordenativas, específicas da modalidade e preferencialmente direcionadas aos postos específicos dos jogadores. Os elementos técnico-táticos básicos (duelos 1x1, 2x1, 2x2...), devem estar presentes, já que desta forma se estimula a manifestação das diferentes categorias da força: acelerar e desacelerar, pontapear, realizar mudanças de direção, saltos, cabeceamentos e ações de luta e contacto.

Nível III (Força Especial ou de Jogo): Apresenta-se uma metodologia integrada do treino de força. Deverão ser incluídas tarefas específicas, com elementos próximos ou similares ao jogo real, que reproduzam as exigências energético-funcionais inerentes à realidade competitiva, já com a presença das componentes da estrutura coordenativa e cognitiva do jogo de alto nível.

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