Feedback, um instrumento pedagógico - PARTE II

“ Treinar bem é o resultado de comunicações eficientes”

  Segundo Pacheco (2002), a preparação dos jogadores faz-se, principalmente, através do treino, e que um bom treino implica o estabelecimento de comunicações eficientes entre as partes envolvida: o treinador e os jogadores.

  Sendo o treino um processo de ensino/aprendizagem, a intervenção do Treinador passa por um relação de proximidade com o grupo de trabalho, de forma a complementar, corrigir e adequar os conteúdos, na tentativa de atingir os objetivos idealizados. Assim, o uso de feedbacks torna-se uma ferramenta indispensável neste processo.

  A comunicação é essencial para que haja uma aprendizagem de qualidade, sendo que a intervenção do treinador deve ser adequada. A instrução é uma das funções essenciais num treinador e a sua eficácia depende seriamente do seu comportamento de instrução.

 Assim, nasce a necessária ponderação sobre a forma de comunicação e de atenção à utilização do elogio ou da crítica, durante o treino ou em competição.

  Vários estudos indicam que um feedback positivo é o mais eficaz, sendo que a reprimenda, como feedback negativo, provoca um efeito indesejável, causando uma impressão emocional que interfere com o desempenho, não ensinando nenhum comportamento novo.

  A qualidade da relação pedagógica entre o treinador e atleta pode afetar a decisão dos jovens quanto ao abandono da prática desportiva. Contudo, deve haver coerência na correção dos erros, pela parte do treinador, equilibrando-se, saudavelmente, entre críticas e elogios. 

  É vulgar os treinadores juntarem na mesma intervenção o elogio e a crítica (“Muito bem, mas..”, “bom passe, mas…”. Deve haver cautela na junção do elogio à crítica, para nenhum destes perder a eficácia.

  Na posição social e relacional, o treinador deve saber que conseguir o afeto dos seus atletas possibilita melhor a disponibilidade para o treino. É também da responsabilidade do treinador encontrar estratégias não negativas para corrigir os comportamentos necessários, repetir experiências agradáveis e evitar as menos boas.

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