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Adultos à força: Quem quer dar a baliza a um adolescente?

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Toulouse lançou jovem de 16 anos no último jogo, depois de Donnarumma se ter destacado no AC Milan. Vítor Baía acredita que tendência é para casos destes aumentarem e acha que Portugal entrará na onda.    Chama-se Alban Lafont, tem cara de miúdo, mas de balizas percebe ele. O Toulouse fez história este sábado na Liga francesa ao entregar a baliza a um jovem de 16 anos, imitando o que o AC Milan fizera recentemente com Gianluigi Donnarumma . Numa posição em que, por ser tão específica, a tendência é para apostar na experiência, estes casos não podem ser ignorados.    Até porque, diz-nos a história, vários dos melhores guarda-redes de sempre afirmaram-se numa equipa sénior ainda em idade precoce. Buffon, Casillas ou Neuer, por exemplo, apenas para citar alguns dos mais mediáticos da atualidade.    É impossível prever o futuro de Lafont ou Donnarumma, mas o primeiro passo está dado. E, muitas vezes, por ser o mais difícil, é também o mais importante.       No caso de Lafo

Treinador ou Destreinador - José Mourinho

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    Os treinadores portugueses estão na elite do futebol mundial fruto dos feitos alcançados em diversos pontos do globo.   Aproveitando este enquadramento, a Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa apresentou, nesta segunda-feira, uma pós-graduação em treino de futebol de alto rendimento, que conta que a colaboração de José Mourinho na elaboração do plano de estudos e no corpo docente.    O nome do atual líder do futebol do Chelsea está, de resto, intimamente ligado à emigração massiva de treinadores portugueses: atualmente, são mais de 250 a trabalhar no estrangeiro aproveitando as portas abertas por Mourinho em 2004 quando aterrou em Londres para conquistar o futebol inglês.    José Mourinho aproveitou o regresso à Faculdade de Motricidade Humana, onde se licenciou em 1987, para esclarecer a plateia sobre o que é ser treinador: um conceito em constante mutação que não deve ser regido por mitos urbanos que transfiguram a profissão.    «Há 1

Vamos olhar para o processo, OK?

  Em Portugal temos pressa. Estamos apressados, agitados e ansiosos pelo produto final. Mas esquecemos o processo, esquecemos os “meios” que nos levam a dados objectivos. Esquecemos a formação e a forma como a realizamos.   Não há muita paciência, mas sobretudo pensa-se pouco no processo que está em causa. É evidente que toda a gente gosta de ganhar e se forma melhor a ganhar. Mas será que para os jovens de um país com um futebol em crise é mais importante aprender e crescer ou ganhar o campeonato? Será que com esta conjuntura vale a pena exigir a crianças o mesmo que se exige a seniores de alta competição? Eu acredito que não, que não faz sentido.   Seguindo o mesmo caminho, nota-se que se exigem resultados rápidos e muito positivos em idades tenras mas que após uns anos, quando chega o momento de “lançar” o jovem, acontece normalmente uma de duas coisas: ou simplesmente não se lança o jovem, ou, lançando-o, o mesmo apresenta debilidades que o impedem de vingar. E porquê? Por

Coordenação motora - Uma base para o sucesso

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  As crianças, durante o seu desenvolvimento, não precisam apenas crescer ou ganhar força. Isso é importante, mas não é a única coisa importante no seu crescimento da criança. Existem mais coisas importantes, como o gosto pela vida, a necessidade de brincar, a aprendizagem em diferentes áreas e a importantíssima coordenação motora, ainda mais quando se fala em desporto, qualquer que seja o desporto. A qualquer atleta, pedimos que este seja bem desenvolvido no que diz respeito à coordenação motora, e a qualquer treinador de formação, pedimos que todos eles evoluam os miúdos neste aspeto quanto possível. Coordenação motora. O que é?   A coordenação motora é responsável pelos nossos movimentos, através da ordem que o nosso cérebro envia aos músculos.    No futebol, a coordenação motora permite que o jogador seja mais capaz de realizar as várias ações no jogo, uma vez que a sua mente tem maior controlo do seu corpo. Nas artes marciais, um dos maiores focos é a sua coordenação

O futebol português em mudança: O treinador e um futuro sustentável - Parte II

  Depois do processo de decisão de criar e implementar uma academia de futebol, ou um programa de “produção” de jovens futebolistas, há que partir em direção ao passo seguinte: a qualidade. Ter formação ou uma academia não deve ser encarado como algo acessório. É preciso intervir na qualidade da formação, pois há muito a fazer a fim de melhorar a qualidade global dos jogadores formados em Portugal. Urge a necessidade de os estimular a evoluir de uma forma ecológica e sustentada e não apenas permitir que eles cresçam com o que o jogo e a competição lhes transmite e ensina... O treinador como gestor e modelador de recursos e constrangimentos é conhecedor do enquadramento competitivo e respetivas exigências. Este domina também o processo de crescimento e maturação dos jovens futebolistas, e deve ser suportado por uma organização e um programa bem articulado nos seus conteúdos, lógico, exequível e adequado ao contexto socio-económico-cultural de cada clube.   Asseguradas as condiçõe

O futebol português em mudança: O treinador e um futuro sustentável - Parte I

  O futebol português, tal como a sociedade em geral, está a mudar de paradigma! Este sinal da evolução dos tempos obriga a reflexões, adaptações e mudanças eventuais de rumo. Passivos galopantes, a conjuntura económico-financeira, o fair-play financeiro imposto pela UEFA, demasiados estrangeiros no nosso futebol, entre outras causas, forçam os clubes a rever e racionalizar os seus orçamentos. Isto acarretará consequências, pois os clubes, profissionais ou não, terão de repensar os seus projectos desportivos.   Os clubes serão obrigados a buscar soluções financeiras para suportar os seus projectos. Sem recursos, naturalmente que a qualidade global dos plantéis vai decrescer e a qualidade geral no nosso futebol vai diminuir, colocando até em risco a nossa capacidade de competir internacionalmente com o mesmo nível de exigência, seja através dos clubes, que realmente têm feito resultados miraculosos, seja através da selecção, que nos habituou a competir com as demais, e que aos pouco

Por favor... Deixem jogar os míúdos!!!

  Aos dirigentes, pessoas que têm um papel importantíssimo na evolução do futebol e dos futebolistas, cabe também a função de perceberem a necessidade de serem respeitadas as diferentes etapas de crescimento, criando para isso as condições necessárias, fundamentalmente, de tranquilidade, para os treinadores poderem fazer o seu trabalho corretamente, sem estarem sempre preocupados com a relação resultados/manutenção do emprego, mas sim focados no desenvolvimento integral e correto dos seus jovens, proporcionando-lhes as melhores condições e o melhor espaço de crescimento.   A maioria dos clubes não deve ser conhecido por ganhar alguns jogos, por ficar nos 5 primeiros lugares dos respectivos campeonatos distritais, mas sim por serem clubes formadores, de qualidade, que vão fornecendo jovens aos clubes de maior expressão, permitindo assim que os melhores possam treinar com os melhores, e que esses mesmos jovens venham a jogar nas diferentes selecções nacionais. Para os pais/encar